MUITO DE ECONOMIA
Apesar de abaixo da expectativa, inflação em 12 meses é a maior em 18 anos…
O IPCA de novembro foi de 0,95%, abaixo da expectativa da GO Associados (1,07%) e do mercado (1,08%).
O índice oficial de inflação no acumulado em 12 meses permaneceu acima de dois dígitos e acelerou no mês, de 10,67% para 10,74%, superior ao dobro do teto da meta de inflação para 2021, 5,25%.
O resultado acumulado em 12 meses é o maior desde novembro de 2003 (11,02%) superando assim o pico de janeiro de 2016 (10,71%).
O item transportes teve a maior variação (3,35%) no mês de outubro, tendo a gasolina subido 7,38%. O dólar segue próximo de R$5,60, pressionando os preços dos combustíveis. No acumulado de 12 meses a gasolina acumula alta de 50,78%.
O destaque positivo é o item alimentos (-0,04%), alguns itens que dispararam nos meses anteriores e agora tiveram queda. Exemplos neste sentido são as carnes (-1,38%) e o arroz (-3,58%). Alguns subitens ainda seguem em alta: frango em pedaços (2,24%) e o café moído (6,87%)
O resultado da inflação corrobora a decisão do Copom em aumentar a taxa Selic, em 1,5 p.p. na última quarta-feira. Refletindo a preocupação do Banco Central com o avanço acelerado dos preços.
A GO Associados projeta que a inflação deve terminar 2021 em 10,20%. E para 2022 deve cair pela metade, fechando o ano em 5%, um valor comparativamente menor, mas no teto da meta.
O que vai mexer com as expectativas na próxima semana…
No cenário doméstico:
O primeiro grande leilão do saneamento em dezembro ocorrerá na próxima segunda com os Blocos B e C de Alagoas. São previstos R$ 2,9 bilhões em investimentos e forte concorrência nesta disputa. Os dois blocos englobam 61 municípios.
Os principais eventos da próxima semana serão as divulgações dos dados atividades restantes para o mês de outubro. Na terça, 14, será divulgada a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) enquanto na quarta, 15, a prévia do PIB. Os dados de indústria e comércio até o momento confirmam que o momento ruim da economia brasileira continua em outubro.
A segunda parte da PEC dos Precatórios deve ser analisada na Câmara dos Deputados. Nesta semana foi promulgado o trecho da mudança de fórmula do teto de gastos, o que abriu cerca de R$ 64,9 bilhões em espaço fiscal. Entretanto, o restante da PEC, que limita o pagamento dos precatórios e as alterações do Senado que vincula o espaço fiscal aberto a gastos sociais ainda será analisada pela Câmara.
A ata da última reunião do Copom será divulgada na terça. É esperado que a ata dê mais detalhes sobre os próximos passos da política monetária.
O STF deve retomar julgamento envolvendo o chamado “orçamento secreto”. Após inicialmente ter determinado a suspensão dos pagamentos, a ministra Rosa Weber autorizou a retomada na última semana.
No cenário internacional:
O principal destaque da próxima semana será a reunião do FOMC, na quarta. É esperado o anúncio de uma aceleração no ritmo de redução de compra de títulos pelo FED. Na quinta também serão realizadas reuniões do Banco Central Europeu e do Bank of England.
Além das reuniões de política monetária também serão divulgados os dados de atividade de outubro na China na terça à noite e na manhã de quarta para os EUA.
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