MINUTO DE ECONOMIA
Taxa básica de juros encerrará 2021 em 9,25% com previsão de continuação dos aumentos no início de 2022…
O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou aumento em 1,5 p.p. na taxa básica de juros ontem, no que foi a última reunião do ano.
Mais importante do que o anúncio em si foi o trecho do comunicado em que confirmava nova alta de 1,5 p.p. para a primeira reunião de 2022, a acontecer no dia 2 de fevereiro.
A inflação acumulada em 12 meses está acima da casa dos 10% desde setembro e deve fechar o ano a 10,2%, quase o dobro da meta de 5,25%. Para 2022 o Boletim Focus indica IPCA de 5,02% para o próximo ano, acima do centro da meta de 3,50% e do teto de 5%.
Metas de inflação e expectativas para IPCA e taxa Selic
O ciclo deve se encerrar apenas em março de 2022. Entretanto, outro aumento deve ocorrer ainda no próximo ano dada a volatilidade eleitoral fazendo com que a Selic deve encerre 2022 a 12%, representando seu maior valor desde abril de 2017.
Também chamou atenção no comunicado o aumento do pessimismo em relação ao momento da economia brasileira. Dois pontos de atenção são destacados:
Os dados de atividade mostram uma evolução abaixo do esperado, o país está em recessão técnica e os dados de outubro divulgados até o momento confirmam este momento ruim;
O cenário externo está mais desafiador. Há um aumento na incerteza frente a novas cepas, como a Ômicron e anúncios, principalmente nos EUA, de uma maior velocidade na retirada de estímulos monetários motivado pela aceleração da inflação.
Levantamento da Conab projeta recuperação para próxima safra…
O 3º e último levantamento de grãos realizado neste ano pela Conab da Safra 2021/22, analisado de 21 a 27 de novembro, estima uma produção de 291,1 milhões de toneladas, um aumento de 38,3 milhões de toneladas com relação à safra anterior.
Destaque para a soja com um crescimento de 4% e para as safras de milho, com um ganho de 34,6%, principalmente, para a recuperação da segunda safra.
De acordo com a Conab, com a estimativa de um crescimento na produção de grãos, os preços dessas culturas tendem a suavizar nos próximos anos em função do choque de oferta dos alimentos frente a demanda.
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