MINUTO DE ECONOMIA
Prévia da Inflação em novembro reforça percepção de continuidade do ciclo de alta da SELIC…
O resultado do IPCA 15 reforça a percepção de que a inflação deverá fechar 2021 bem acima do teto da meta de 5,25%. O novo resultado acima do esperado indica que há grande chance do IPCA-15 fechar o ano acima dos 10%.
A inflação elevada força o Banco Central a acelerar o aumento da taxa Selic, que atualmente está em 7,75% ao ano, mas a expectativa é que sofra um reajuste de pelo menos 1,5 p.p. na última reunião do Copom em 7 e 8 de dezembro.
O IPCA 15 de novembro subiu 1,17% em comparação a outubro, bem acima da projeção de mercado (0,97%) e da GO Associados (0,91%).
O resultado, que também foi a maior alta para o mês de novembro desde 2002, faz com que a inflação chegue a 10,73% em 12 meses e 9,57% no acumulado do ano.
O grupo combustíveis (2,89%) foi mais uma vez a principal responsável pelo resultado. A gasolina que faz parte do grupo subiu 6,62% e acumula uma alta de 48% em 12 meses.
No item habitação o botijão de gás foi o item que mais subiu (4,34%). A energia elétrica, cujo último reajuste na bandeira tarifária ocorreu em setembro, subiu menos agora, (0,93%).
A alta da taxa de juros encarece o custo do dinheiro, inibindo parte da pressão de demanda na inflação. Mas não resolve o problema de oferta ocasionado pela crise hídrica e desorganização das cadeias produtivas ou a incerteza fiscal que continua pressionando o câmbio.
Estes problemas devem perdurar até 2022, ano eleitoral, onde corte de gastos e rigidez fiscal encontram maior resistência política.
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