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MINUTO DE ECONOMIA


Concessões e privatizações no governo Bolsonaro somam mais de R$ 185 bi de outorga e R$ 155 de investimentos previstos…     

  • Apesar das dificuldades macroeconômicas, tem havido um salto no investimento em infraestrutura por parte do setor privado. Nos últimos três anos foram registrados R$ 185 bilhões de outorga e R$ 155 bilhões de investimento, recordes na história econômica do país.

  • É verdade que são valores menores do que as promessas de campanha, mas representam um salto qualitativo. No início do governo Bolsonaro, a promessa feita pelo ministro Paulo Guedes era de alcançar R$1 trilhão. Entretanto, até o fim de 2022 a Eletrobrás deve ser a única grande privatização.

  • Até o momento as privatizações estão concentradas apenas na venda de subsidiárias da Petrobrás, como a Tag (R$ 33,5 bi) e BR Distribuidora (R$ 11,5 bi).

  • Se a área de privatizações vem em ritmo mais lento, a de concessões é um destaque positivo. O levantamento da GO Associados indica que foram levantados R$ 97,7 bilhões em outorgas das concessões federais até o momento. Somadas as concessões com modelagem feita pelo BNDES ou PPI, este número chega a R$ 123,2 bi, valor superior ao dobro do que foi pago com o auxílio emergencial em 2021, de R$60,5 bi.

Leilões desde 2019 arrecadaram em outorga R$ 185,2 bi


  • Mais importante do que o dinheiro que vai para os cofres públicos é o montante de investimentos previstos, de R$ 155,5 bilhões, algo fundamental para atenuar os gargalos da infraestrutura.

  • Dois destaques dos processos recentes de concessões e privatizações:

  1. O volume de investimento do leilão do 5G (R$ 39,1 bi) que está acontecendo agora deixa as telecomunicações em uma posição de destaque;

  2. O setor de saneamento deve se tornar o principal segmento até o fim do ano, com o leilão do Bloco 3 da Cedae e dos blocos B e C em Alagoas. Os investimentos são mais do que necessários para o país superar o atraso histórico deste setor.



O que vai mexer com as expectativas na próxima semana…      No cenário doméstico:  

  1. O principal assunto da próxima semana será a votação em 2º turno da PEC dos precatórios. Após uma aprovação apertada em primeiro turno, com apenas cinco votos a mais do que o necessário para aprová-la. A expectativa é que a Câmara vote em segundo turno na terça-feira. Se alcançar os 308 votos, o projeto segue para o Senado.

  2. Na quarta, será anunciado o índice oficial de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro. A projeção da GO Associados é alta de 1,1%. Com o resultado a inflação deve continuar acima dos dois dígitos, a 10,4%.

  3. Na quinta, dia 11, será divulgada a Pesquisa Mensal do Comercio de setembro. Após uma forte queda (-3,1%) em agosto, o varejo deve mostrar recuperação.

  4. Na sexta, 12, será a vez dos números do setor de serviços que deve continuar a apresentar crescimento baseado na recuperação do segmento de serviços prestados às famílias.

  5. Dia 11, a Conab anuncia o 2º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22. Também no dia 11 o IBGE divulgará o levantamento sistemático da produção agrícola do mês de outubro.

  6. A temporada de balanços continua na próxima semana concentrando diversos resultados significativos como os de bancos e de empresas do setor de saneamento

No cenário externo:

  1. No dia 12, sexta-feira, será o encerramento da COP 26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021.

  2. Com o FOMC anunciando que começará a diminuir o ritmo de compra de títulos públicos começam as apostas de que o Banco Central dos EUA terá que subir a taxa de juros antes do que inicialmente previsto. Nesse sentido na quarta, dia 10, será publicado o índice de preços ao consumidor (CPI). No acumulado de 12 meses até setembro o índice acumula 5,3%.

  3. Dados da economia chinesa também serão destaque: na noite de terça o CPI de outubro e na quarta a Produção Industrial. A economia chinesa desacelerou no 3º trimestre.



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