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MINUTO DE ECONOMIA


Prévia do PIB indica desaceleração na recuperação da economia…

  • O IBC-Br, indicador antecedente do PIB divulgado pelo Banco Central caiu 0,15% em agosto contra julho. O resultado veio pior do que projeção do mercado (-0,05%).

  • O resultado mantém a projeção de 4,9% para o PIB de 2020. O crescimento acumulado em 12 meses é de 3,99%. O crescimento do IBC-Br de janeiro a agosto é de 6,41%.

  • Enquanto o setor de serviços continua se recuperando no pós-pandemia, a indústria acumula seguidas quedas e está 2,86% abaixo do pré-pandemia.

Variação em relação ao pré-pandemia (%)


  • Até o final do ano a expectativa é de continuidade da reabertura da economia, com impactos em alguns segmentos do setor de serviços como os ligados a turismo, que ainda estão abaixo do nível pré-pandemia.

  • Porém, há pontos de atenção:

  1. A inflação tem avançado e preocupado não só o Brasil, mas o resto do mundo também;

  2. A quebra nas cadeias de suprimentos globais e o aumento no custo de energia está afetando a indústria, que está apresentando uma recuperação em W, com uma nova queda em 2021.

  3. Possível desaceleração do crescimento mundial, sobretudo da China, prejudicaria as exportações brasileiras;

  4. A instabilidade política e o risco fiscal em um ano pré-eleitoral inibem o investimento;

  5. A crise hídrica pode frear o crescimento agropecuário e industrial;

O que vai mexer com as expectativas na próxima semana…   

No cenário doméstico:   

  1. Em uma semana com poucos indicadores econômicos domésticos, os principais assuntos devem ocorrer no Congresso. A PEC dos precatórios (PEC 23/21) deve ser votada na próxima quinta-feira. A proposta é negativa para a percepção de risco fiscal e tem o potencial de aumentar juros e depreciar o Real, caso aprovada.

  2. Outra proposta que deverá ser assunto é a mudança na fórmula de cobrança do ICMS de combustíveis, que passará a ser analisada no Senado. O Comitê Nacional de Secretários da Fazenda dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz) estima perdas de R$ 24 bilhões para os fiscos estaduais com a aprovação da medida. A proposta deve encontrar dificuldades no Senado, dada a maior representatividade de estados do Norte e Nordeste, onde a receita do ICMS-Combustíveis é mais importante.

  3. Chamará atenção a declaração de Jair Bolsonaro de que pedirá o fim da bandeira de escassez hídrica para novembro dada a melhora na situação dos reservatórios. Importante destacar que, apesar da melhora no regime de chuvas, a nova bandeira foi implementada para cobrir os custos da contratação de energia termoelétrica. É improvável que a bandeira mude no próximo mês.

  4. O leilão de privatização da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) ocorrerá na próxima sexta. O lance mínimo será de R$ 927,8 milhões. Será o terceiro leilão de privatização no estado neste ano.

  5. A temporada de balanços no Brasil começa na próxima semana, mas de forma ainda tímida. Os principais resultados começarão a ser divulgados apenas a partir de segunda da outra semana, dia 25.

No cenário internacional:

  1. Na noite de domingo a China publicará os dados de atividade referentes a setembro, além do PIB para o 3º trimestre. O dado capturará o início do impacto de dois importantes riscos para a economia chinesa: (i) a crise da Evergrande; (ii) a escassez de energia. A expectativa é de que os dados confirmem a desaceleração da economia chinesa.

  2. Nos EUA o principal dado a ser divulgado é o de produção industrial para setembro. Entretanto, o que deve movimentar o mercado é a temporada de balanços que teve início nesta semana.


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