MINUTO DE ECONOMIA
Avanço da vacinação e retomada do setor de serviços faz com que taxa de desemprego caia a 13,7%…
A taxa de desemprego no trimestre móvel encerrado em julho caiu de 14,1% no 2º trimestre para 13,7% A queda foi superior às expectativas da GO Associados (13,8%).
A queda na taxa de desemprego reflete a retomada da atividade econômica, principalmente do setor de serviços. Apesar disso, a taxa de subutilização (desemprego+desalento+suobcupação) segue elevada, registrando 28,0%.
A taxa de participação, que chegou a cair 7 p.p. no auge da pandemia, continua o processo de recuperação chegando a 58,2% em julho. Ainda abaixo do nível pré-pandemia, aproximadamente 61%.
A taxa real de desemprego calculada pela GO Associados caiu um ponto percentual, de 20,2% no trimestre encerrado em junho, para 19,1%. Ainda assim, são cerca de 5,5 milhões de pessoas ocupadas a menos em relação ao patamar pré-pandemia.
O espaço entre a taxa real de desemprego e a oficial continua a diminuir; desde o ponto mais crítico da pandemia, a população ocupada total aumentou 7,6 milhões de pessoas.
Neste cálculo o nível de participação da força de trabalho é mantido constante em relação à população acima de 14 anos com base nos dados de 2019.
Pessoas na força de trabalho
O crescimento da força de trabalho reflete o crescimento populacional ponderado por uma taxa de participação “normal” no mercado de trabalho.
Banco Central aumenta para 8,5% a projeção de inflação para 2021 e admite inflação acima do centro da meta para 2022…
O Banco Central revisou de 5,8% para 8,5% a projeção de inflação para 2021 no Relatório Trimestral de Inflação. O número é bem acima do teto, de 5,25% e do centro da meta, 3,75%.
Um exercício feito nesta edição do Relatório do Banco Central compara a atual projeção para o IPCA de 2021 com a de dezembro de 2020, de 3,4% para entender os itens que contribuíram para esta mudança nas expectativas.
Apenas dois itens, combustíveis (+2,3 p.p.) e a energia elétrica (+1 p.p) foram responsáveis por mais de 60% no aumento da expectativa da autoridade monetária.
O Banco Central admite que a inflação ficará acima do centro da meta em 2022, projetando 3,7% para o IPCA (a meta é 3,5%). Entretanto, a projeção é menor em relação ao Boletim Focus, de 4,12%. A GO Associados projeta o IPCA a 4,5% em 2022.
Em relação à atividade, a projeção para 2022 é otimista, de 2,1% de crescimento. A mediana do mercado indica crescimento de 1,57%.
Para 2021 houve um pequeno aumento, de 4,6% para 4,7%, mas com grandes mudanças na composição deste crescimento: a indústria (de 6,6% para 4,7%) e agropecuária (de 2,5% para 2%) perderam o protagonismo e o setor de serviços (de 3,8% para 4,7%) vê uma melhora na perspectiva com base no avanço da vacinação e aumento da mobilidade.
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