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MINUTO DE ECONOMIA


Inflação próxima de dois dígitos deve fazer Copom elevar a taxa de juros para 6,25%. Comunicado do FED deve indicar próximos passos da política monetária… 

  • Hoje ocorrem decisões de política monetária tanto aqui no Brasil quanto nos Estados Unidos.

  • Na reunião do FOMC não são esperadas mudanças imediatas. Entretanto, é possível que se defina um cronograma para a diminuição no ritmo na compra de ativos pela autoridade monetária, que está atualmente na ordem de US$ 120 bilhões por mês.

  • Além disso, a perspectiva de aumento na taxa de juros, que na última reunião ocorreria apenas a partir de 2023 segundo a maioria dos membros, pode ser estabelecida para o próximo ano, respondendo a inflação do país, que está em 5,3% nos últimos 12 meses encerrados em agosto segundo o CPI.

  • No Brasil a expectativa é de que se confirme o indicado na última ata: um novo aumento da ordem de 1 p.p. fazendo a taxa básica de juros chegar a 6,25%. 

  • A inflação acumulada em 12 meses em setembro deve superar os dois dígitos com o impacto do reajuste da bandeira de escassez hídrica que passou de R$ 9,49 para R$14,20.  

  • Para a reunião que acontece hoje, a projeção da GO Associados e a do mercado é a de que o Copom aumente em 1p.p. a taxa de juros, passando de 5,25% para 6,25%. 

  • A projeção do Boletim Focus é de que a Selic termine o ano em 8,25%. Haveria, portanto, com outros dois aumentos de 1 p.p. nas reuniões restantes, que ocorrem em 26/27 de outubro e 7/8 de dezembro. 

  • A inflação de 2021 estourará o teto da meta e as atenções se voltam para 2022. O Boletim Focus indica IPCA de 4,1% para o próximo ano, acima do centro da meta de 3,50%. A projeção da GO Associados para o IPCA de 2022 é de 4,5% contra um teto de 5%.

Metas de inflação e expectativas para IPCA e taxa Selic


  • Alguns pontos de atenção para a evolução da inflação nos próximos meses: 

  1. A continuidade da crise hídrica, que pode pressionar o IPCA em 2022 e ameaça a produção de bens industriais, caso racionamentos venham a ocorrer;

  2. O risco político e fiscal, que afeta fortemente a taxa de câmbio. A questão dos precatórios, e a perspectiva de forte polarização nas eleições do próximo ano;

  3. A evolução da pandemia. Com a retomada das atividades presenciais, a tendência é de aceleração da recuperação econômica e pressão na inflação de serviços;

  4. Os preços internacionais das commodities agrícolas, que podem sofrer com eventos climáticos extremos, como as geadas no Brasil e as secas nos EUA;

  5. A aversão ao risco do sistema financeiro diante da expectativa de default da Evergrande.

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