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MINUTO DE ECONOMIA


CAGED revela geração de empregos formais acima das expectativas e indica geração de 1,84 milhões de empregos formais até julho…

  • Dados do CAGED revelam saldo positivo de 318.580 mil empregos formais em julho, em linha com a projeção da GO Associados (+300 mil) e acima das expectativas do mercado (+285 mil).

  • O saldo de empregos formais acumulados desde o início da pandemia (março de 2020) chegou a 1,81 milhões.


  • No mês de junho todos os setores apresentaram saldo líquido positivo com a maior contribuição vindo do setor de serviços, com 127 mil vagas criadas, enquanto o comércio criou 74 mil vagas.

  • O bom resultado desses setores é particularmente importante, dado que eles apresentaram os piores resultados no auge da pandemia.


Governo tem sido lento em transmitir para a sociedade a gravidade da situação hídrica…

  • A crise hídrica, através das bandeiras de energia, tem sido uma das principais vilãs da inflação. A energia elétrica foi o item de maior impacto no IPCA-15 divulgado ontem, responsável por 0,23 p.p. da variação de 0,89% no mês de agosto.

  • A reação do governo tem sido lenta. Nesta semana foi anunciado um plano destinado a grandes consumidores que prevê a redução da demanda em horários de pico, reduzindo riscos de apagões.

  • A edição desta medida demorou. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico foi criado em 28/06, mas precisaria ser mais atuante e conscientizar a população da necessidade iminente de adotar medidas extraordinárias. No mínimo, é preciso alertar a sociedade para a necessidade de planos contingentes.

  • O Ministro de Minas e Energia aventou a possibilidade de estimular a redução do consumo para os pequenos consumidores via metas de redução, porém, tal medida ainda não foi detalhada.

  • Um ponto de atenção sobre a meta de redução é o impacto de tal medida para as distribuidoras de energia, que em situações como esta devem ingressar com pedido de reequilíbrio contratual, gerando impactos sobre as contas de energia no futuro.

  • Segundo o IPCA, a energia elétrica aumentou 9,41% no acumulado de 2021. Nos últimos 12 meses a alta é ainda maior, de 20,1%.

  • A atual crise hídrica é pior que as duas crises anteriores se considerarmos a relação entre energia reservada e carga demandada, como mostra o gráfico.

Carga de energia hidrelétrica, controlada pela demanda, tem situação mais crítica do que em 2001


  • A situação é crítica, mas há dois fatores atenuantes:

  1. Há uma maior integração entre os subsistemas. Assim, possíveis sobras de energia, na região Nordeste por exemplo, podem atender a demanda da região Sudeste.

  2. A matriz energética brasileira é menos dependente da geração hidrelétrica (89,6% em 2001 x 69,9% em 2021). Tanto a energia térmica (6% x 17,4%), quanto a eólica (0% x 9,2%) ganharam importância nas últimas duas décadas.

  • O equacionamento entre demanda e oferta está ocorrendo principalmente via preço, com o acionamento de termoelétricas com custos maiores. A mudança nas bandeiras entre abril e julho contribuiu em 1,46 p.p. na inflação do ano.


  • Este forte ajuste nas bandeiras não foi suficiente para cobrir os custos do acionamento das termelétricas. Segundo a ANEEL, a conta de luz pode subir de 10,73% a 16,68% em 2022.

  • Isto tem forte impacto na inflação. Mesmo o cenário mais otimista da ANEEL representa uma elevação de 1,77 p.p. no IPCA de 2022.

  • Outra possibilidade levantada é a de novo reajuste na bandeira vermelha II, que passaria dos atuais R$ 9,49/100kWh para algo entre R$ 15 e R$ 20. Uma bandeira vermelha II em R$ 15 a cada 100 kWh representaria uma pressão adicional de 0,56 p.p. na inflação.

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