MINUTO DE ECONOMIA
Remédios e energia elétrica contribuem para alta da prévia da inflação de abril…
O IPCA-15 subiu 0,44% em maio, abaixo da projeção da GO Associados (0,50%) e do mercado (0,55%). A variação também é menor que a de março, 0,60%. Houve aceleração no acumulado de 12 meses, que havia fechado em 6,71% em abril e passou a 7,27% em maio, mais de 2 p.p. acima do teto da meta (5,25%). Nas próximas divulgações o acumulado em 12 meses deve continuar a subir. Em maio de 2020 o IPCA-15 foi negativo -0,59%, reflexo da deflação causada pelos efeitos do primeiro choque da pandemia no segundo trimestre de 2020. As expectativas inflacionárias para 2021 estão acima do centro da meta (3,75%), mas abaixo do teto do intervalo (5,25%).
Diferente dos últimos meses, o grupo transportes caiu (-0,23%), com destaque para as passagens aéreas (-28,85%), transporte por aplicativos (-9,11%) e seguro voluntário de veículo (-3,18%). A pressão menor do câmbio fez com que a alta de itens que vinham pressionando o IPCA 15 nos meses anteriores agora fosse menor como a gasolina que subiu 0,29 em maio contra 5,49% em abril e 11,18% em março.
IPCA 15 variação mensal – abril e maio (%)
Por outro lado, o reajuste de 10,08% em medicamentos a partir de abril e a bandeira vermelha 1 na conta de luz foram os principais motivos da alta do índice em maio.
A bandeira vermelha 1 acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos, depois contra R$1,343 da bandeira amarela, que vigorou nos quatro meses anteriores. Outro destaque do grupo habitação (0,79%) foi o botijão de gás (1,45%) que subiu pelo 12º mês consecutivo. A GO Associados projeta que o IPCA deve fechar 2021 em 6%, acima do teto da meta inflacionária (5,25%).
IPCA 15 acumulado em 12 meses (%)
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