MINUTO DE ECONOMIA
Redução das restrições sanitárias faz consumidores trocarem o comércio pelos serviços…
O volume de serviços cresceu 1,7% em junho comparado a maio, acima das expectativas do mercado, de 0,2% e da GO Associados, -0,1%. É a terceira alta consecutiva após a queda de março (-3,4%), causada pelo aperto das restrições sanitárias naquele mês.
Com estas altas o setor amplia o distanciamento frente ao nível pré-pandemia, ficando 2,4% acima de fevereiro de 2020 e alcança o patamar mais elevado desde maio de 2016.
Entretanto, o desempenho é heterogêneo entre os setores. Serviços prestados às famílias ainda estão 22,82% abaixo do pré-pandemia, mostrando espaço para crescimento nos próximos meses com o avanço da vacinação.
Com a retomada das atividades presenciais, deverá ocorrer alguma substituição do consumo de produtos (varejo) por serviços. Por exemplo, o supermercado perde espaço para os restaurantes, cinemas e eventos.
A recuperação do setor depende do controle da pandemia e da flexibilização das restrições de mobilidade. Considerando o calendário de vacinação, a maior parte dos estados brasileiros deverá vacinar a população adulta com pelo menos uma dose da vacina até setembro.
Se confirmado o calendário de vacinação e mantida a eficiência da vacina diante das novas cepas, eventos importantes para o setor de serviços, como o Ano Novo e o Carnaval, devem ocorrer e ajudar o setor a retomar as atividades completamente.
No entanto, o avanço da variante Delta pelo Brasil é um ponto de atenção. Neste momento, observam-se países com elevadas taxas de imunização tendo que voltar a restringir suas atividades devido às altas nos números de casos.
Nos EUA, o uso de máscaras voltou a ser exigido até mesmo aos plenamente vacinados. No Reino Unido, oram fixadas novas restrições nos últimos meses. Por fim, Israel, o país mais avançado na vacinação com 80% de sua população imunizada, avalia a retomada de lockdowns para conter a nova onda de infecções.
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