MINUTO DE ECONOMIA

Prévia do PIB confirma estabilidade em torno do nível de atividade pré-pandemia….
O IBC-Br, indicador antecedente do PIB divulgado pelo Banco Central, caiu 0,43% em maio contra abril. O resultado foi pior do que a expectativa do mercado (1,0%) e da GO Associados, que projetava alta de 0,8%.
Entretanto, é importante destacar a excepcionalidade dos meses de abril e maio, que tiveram grandes variações em 2020, o que está gerando incerteza sobre o processo de dessazonalização (remoção dos efeitos de calendário).
Um outro fator que gerou essa variação mensal abaixo do esperado é a revisão do dado do mês de abril, que passou de alta de 0,44% para avanço de 0,85%.
Na comparação com maio de 2020, o índice subiu 14,5%, um pouco acima da projeção da GO Associados, de alta de 14,0%.
A queda do IBC-Br em maio contrasta com os outros indicadores da atividade econômica para o mesmo período. Os principais indicadores de serviços (1,2%), comércio (1,4%) e indústria (1,4%) apresentaram alta no mês de maio.

Indicadores da atividade econômica estão próximos do pré-pandemia (fev/20=0%)
Fonte: PMS, PMC, PIM/IBGE e IBC-Br/Banco Central
Apesar do revés no IBC-Br, os outros indicadores voltaram a crescer após dificuldades nos meses de março e abril, quando os estados adotaram restrições ao funcionamento dos setores de comércio e serviços em razão do agravamento da pandemia.
Ministério da Economia passa a prever crescimento acima de 5% em 2021 e estouro do teto da meta de inflação…
A Secretaria de Política Econômica soltou nesta manhã o Boletim Macrofiscal referente ao mês de julho. Destacam-se a revisão do PIB e do IPCA para 2021.
Em relação ao crescimento da economia, um melhor resultado no 1º tri. e melhores perspectivas para o restante do ano fizeram com que a projeção oficial fosse revisada de 3,5% para 5,3%.
Esta projeção está em linha com a divulgada pelo Boletim Focus (5,26%) e abaixo da projeção da GO Associados (5,5%)
Além disso, pela primeira vez o Ministério da Economia assume que a inflação de 2021 deve superar o teto da meta. A projeção passou de 5,05% em maio para 5,90%.
Esta projeção é menor do que a observada no Boletim Focus, de 6,11% e inferior à projeção da GO Associados, de 6,7%.
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