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MINUTO DE ECONOMIA


O que vai mexer com as expectativas na próxima semana…   


No cenário doméstico:   


O principal assunto da próxima semana será a MP da Eletrobrás, MP 1031/21, que foi aprovada ontem no Senado e deve ser votada na Câmara novamente na próxima segunda (21), um dia antes da caducidade da MP. O texto aprovado pelo Senado piora a peça que veio com tópicos polêmicos da Câmara. A presença de “jabutis” estranhos à matéria original, ineficientes e que abre espaço para judicialização.


O teor da MP virou uma contradição em termos. Determina uma privatização que em princípio deveria destravar os investimentos no setor mediante a participação do setor privado. No entanto, introduz uma série de distorções intervencionistas que na prática podem até mesmo agravar a ineficiência do segmento.


Outra privatização no setor elétrico chamará atenção: o leilão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) que ocorrerá na próxima sexta (25). O valor mínimo será de apenas R$ 50 mil. Entretanto, o vencedor terá de aplicar R$ 400 milhões imediatamente, sendo R$ 250 milhões para pagamento de credores e R$ 150 milhões para reforço no capital da empresa, visando melhorias do serviço. Segundo o BNDES, as dívidas da CEA somam mais de R$ 1 bilhão.


A MP do ambiente de negócios (MP 1.040) e da desburocratização, também deverá ser votada na próxima semana na Câmara, segundo Arthur Lira (PP-AL).

Lira também anunciou a votação do PLP 16/21, que unifica em todo o País as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidentes sobre combustíveis. Entretanto, o texto deve ser desidratado de forma a se limitar à obrigatoriedade de constar na nota fiscal a parte do preço pago pelo consumidor decorrente do imposto.


Na sexta (25), será divulgado o IPCA-15 de junho. A projeção da GO Associados é de 0,65%.


Na terça (22), será divulgada a ata do Copom (16). Esperam-se maiores detalhes sobre a decisão da última quarta de elevar a taxa Selic de 3,5% para 4,25% e a mudança de avaliação de uma “normalização parcial” para “normalização da taxa de juros para patamar neutro”, no cenário básico.

Na quinta (24), será publicado o Relatório Trimestral de Inflação do 2T21, que deve detalhar o cenário básico do Banco Central, ajudando a entender os rumos da política de taxa de juros.


No cenário internacional: 


A principal divulgação será o PCE de maio, na sexta (25). O índice, que mede os preços das despesas de consumo pessoal nos EUA, é a métrica de inflação que o FED mais acompanha. Resultados acima das expectativas podem causar volatilidade no mercado com o medo de uma alta de juros no EUA mais cedo do que o esperado e consequências para as bolsas internacionais e nacional.


Na quarta (23), ocorrerá a divulgação da prévia dos Índices de Compras dos Gerentes de junho para EUA, União Europeia e Reino Unido. O avanço da vacinação deve continuar a impulsionar a atividade globalmente.

Na quinta (24), ocorre a reunião de política monetária do Bank of England.


A economia na próxima semana…


O que acertamos e o que erramos…



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