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Gesner Oliveira

MINUTO DE ECONOMIA




A vacina é a forma mais eficiente de recuperar a economia…

O governo prevê gastar R$22,29 bilhões com a aquisição de vacinas. O valor é menor que a previsão de gastos com esta última rodada do auxílio emergencial. E muito menor do que todas as outras rodadas do auxílio.

Considerando o estudo do ministério da Economia que calculou um impacto de 0,13 p.p. no PIB para cada 10% da população vacinada e o custo médio das duas vacinas mais aplicadas no Brasil (CoronaVac – R$58,20 e AstraZeneca R$17,28), o custo médio para a vacinação aumentar o PIB em 0,13 p.p. no PIB é de R$1,6 bilhão.

O governo prepara uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial. Em 2020 foram gastos R$293,11 bilhões dos R$322 bilhões previstos para nove rodadas do auxílio, que contribuiu para um resultado do PIB melhor do que o projetado no início da pandemia.

Em 2021, o pagamento do auxílio começou em abril em valores menores do que 2020 e previa inicialmente o pagamento de quatro parcelas que variam de R$150 a R$375. Para aprovar esta rodada o governo precisou de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), já que o orçamento de 2021 ainda não havia sido aprovado. Para a nova rodada do auxílio, o governo planeja gastar mais R$20 bilhões que devem ser liberados pela edição de uma MP de crédito extraordinário. A meta primária não deve ser alterada dos atuais R$ 247 bilhões de déficit. Considerando as novas informações disponíveis, a projeção da GO Associados passou para um déficit de R$150 bilhões em 2021 contra R$ 187 bilhões segundo o número do governo.


Com isso, a ajuda voltada aos mais vulneráveis durante a pandemia de Covid-19 será estendida até outubro, nos mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance em termos de público. Hoje, o auxílio contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros.


A prorrogação do auxílio deve aumentar a possibilidade de implementação do sucessor do Bolsa Família.

Isto porque as famílias contempladas pelo Bolsa são “transferidas” para a folha do auxílio durante vigência, poupando o orçamento do programa. A atual “sobra” do Bolsa Família dentro do teto é de aproximadamente R$ 7 bilhões e deve ficar maior com a extensão da ajuda temporária aos vulneráveis. Esta sobra deve turbinar o novo programa social, que deverá ser lançado este ano ou será engavetado, dado que 2022 é ano de eleição. A questão que permanece é se o gasto previsto para este programa caberá no teto em 2022.

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