MINUTO DE ECONOMIA
Inflação desacelera em janeiro, mas acumulado de 12 meses continua em dois dígitos…
O IPCA de janeiro foi de 0,54%, abaixo da expectativa da GO Associados (0,61%) e em linha com as projeções do mercado (0,55%).
Apesar de menor do que o valor observado em dezembro (0,73%), o resultado de janeiro é o maior para o mês desde 2016. No acumulado de 12 meses, a inflação passou de 10,06% em dezembro para 10,38% em janeiro.
A meta para 2022 é de 5%. Item transportes, que pressionou a inflação em 2021, caiu 0,11% em janeiro. Por outro lado, artigos de residência subiram 1,82%, com destaque para eletrodomésticos e equipamentos (2,86%).
As projeções de inflação para 2022 seguem distantes do teto da meta e com viés de alta. Questões externas, como uma alta no preço do petróleo em razão do conflito Rússia x Ucrânia podem desvalorizar o Real e impactar ainda mais a inflação. Percepção de fragilidade da situação fiscal continua sendo um fator de possível pressão sobre o preço do dólar.
Avanço da vacinação e retomada da atividade faz comércio crescer 1,4% em 2021…
O resultado de dezembro, -0,1%, veio melhor do que o esperado: a expectativa do mercado era de -0,5% e da GO Associados de -0,8%.
As vendas no varejo caíram 0,1% em dezembro. Lembre-se a mudança do padrão sazonal nos últimos anos: parte das compras de Natal ocorrem já em novembro.
Mesmo com o resultado negativo, o ano 2021 apresentou crescimento no varejo de 1,4%, aceleração frente a 2020 que apresentou crescimento de 1,2%.
O comércio varejista ampliado, que considera veículos, motos, partes e peças e de material de construção, cresceu 4,5% no ano, frente a uma queda de 1,4% em 2020.
Os destaques positivos em dezembro foram: móveis e eletrodomésticos (0,4%) e tecidos, vestuário e calçados (0,4%). Apesar dos bons resultados em dezembro, o setor de móveis e eletrodomésticos foi o que mais sofreu em 2022.
Alguns setores devem continuar sofrendo em 2022, em especial o de venda de combustíveis cujo preço disparou ao longo de 2021.
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