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MINUTO DE ECONOMIA


Inflação fecha 2021 quase no dobro do teto da meta…

  • O IPCA de 2021 foi de 10,06%, em linha com expectativa da GO Associados (10,05%) e acima da mediana das expectativas do último boletim Focus (9,99%).

  • O teto da meta para 2021 era de 5,25%. Como a inflação superou a meta, o presidente do Banco Central deve redigir uma carta aberta para explicar o que será feito para fazer a inflação convergir para a meta.

  • Será a sexta vez que um presidente do Banco Central fará uma carta justificando o não cumprimento da meta desde 1999. Das outras cinco vezes em que a inflação ficou fora da margem de tolerância, apenas em 2017 a inflação ficou abaixo do piso da meta.

Regime de metas de inflação Vs. Realizado no ano


  • Os principais responsáveis pelo aumento dos preços foram os combustíveis. A maior alta considerando os itens do IPCA foi do etanol de 62,23%. Os combustíveis subiram 49,02% nos 12 meses de 2021. Outro item que contribuiu para uma inflação de dois dígitos foi a energia elétrica, que ficou 21,21% mais cara.


  • A crise hídrica e a alta do dólar contribuíram para a alta dos preços em 2021 principalmente no aumento da energia elétrica e da gasolina.

  • Em 2022, o volume de chuvas bem acima do esperado pode contribuir para uma pressão menor da energia elétrica. Entretanto, um ano eleitoral com expectativa de grande polarização pode pressionar ainda mais o câmbio.

  • A propósito a Petrobras anunciou um novo aumento. O preço da gasolina passou de R$3,09 para R$3,24 nas refinarias.

  • No início dos anos 2000, uma crise hídrica e uma vitória da oposição nas eleições resultaram em três anos de inflação acima da meta. Para 2022, o vencedor da eleição é o líder nas pesquisas eleitorais.

  • A promessa de uma eleição polarizada indica dificuldades para controlar a inflação, entretanto, hoje o Banco Central possui autonomia legal para executar o que for necessário para alcançar a meta.

  • No mês de dezembro, o índice foi de 0,73%, um valor menor do que o apurado no mês anterior e quase a metade do que foi observado em dezembro do ano anterior.


  • Para o orçamento de 2022, outro indicador importante é o INPC, que encerrou 2021 em 10,16%, próximo do que havia sido projetado no Orçamento aprovado no Congresso Nacional, 10,18%.

  • A inflação final do ano será importante agora também para a correção do teto de gastos. Na comparação com a regra antiga, que corrigiria o teto pela inflação em 12 meses até junho (8,35%), o limite de gastos agora será corrigido pelo valor total do IPCA, de 10,06%.

  • Segundo as contas do Diretor da IFI Daniel Couri, as mudanças retroativa no cálculo do teto (que passou a considerar o IPCA em 12 meses de dezembro e não de junho) e os limites dos Precatórios, ambas previstas na PEC dos precatórios, liberaram um total de R$ 112,6 bilhões no Orçamento.


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