MINUTO DE ECONOMIA
2022 será melhor que a encomenda…
O pessimismo com a economia brasileira em 2022 é exagerado. A expansão do PIB deve retornar ao ritmo do pré-pandemia.
O ano de 2022 deverá marcar a volta da economia brasileira a um ritmo de crescimento similar ao observado nos anos anteriores à pandemia. A projeção da GO Associados é de crescimento 1,1%, maior do que a mediana das expectativas do mercado medido pela última Pesquisa Focus, de 0,4%.
Alguns fatores podem estimular minimamente a economia em 2022. Lembre-se que o produto da economia tem os seguintes componentes: C=consumo das famílias em bens e serviços; I=investimento; G=gastos do governo; X=exportações menos M=Importações.
Cada um deles poderá receber um estímulo positivo em 2022:
Consumo pode aumentar um pouco em virtude do Auxílio Brasil; Investimento privado tem aumentado na infraestrutura; Gasto governamental tende a crescer em função das eleições; e As Exportações devem crescer mais em virtude da safra recorde e da reabertura do mercado chinês.
Acrescente-se a isso o dinamismo da economia digital que tem atraído capital e conquistado novos mercados a despeito das incertezas e problemas da conjuntura. Mencione-se também um fator novo da autonomia do Banco Central aprovada neste ano e que atenua o receio de mudança radical na política econômica no caso de uma vitória da oposição ou de uma guinada da própria situação.
Apesar da forte incerteza que domina o cenário econômico em razão do surgimento de novas cepas e das ondas de contágio da pandemia, a economia já está mais bem adaptada a possíveis solavancos e outros lockdowns. Além disso, a atualização das vacinas para as novas cepas também pode atenuar a intensidade da nova onda.
Para inflação a projeção é que a redução no ritmo de crescimento da economia, se comparado a 2021, deve trazer tanto o IPCA quanto o IGP-M para um nível mais baixo, de 5,0% e 5,5% respectivamente, entretanto, o IPCA deve continuar próximo ao teto da meta. As cadeias produtivas, que foram prejudicadas pela pandemia continuam desorganizadas, porém, a tendência é de melhora.
O preço do dólar apresentará muita volatilidade, assim como o mercado de renda variável como um todo. Entretanto, deve fechar 2022 em um patamar próximo do atual (R$ 5,58), em parte pelo efeito do aumento da taxa Selic que deve fechar 2022 em 12% a.a.
A conjuntura externa também é importante, na Alemanha, o social-democrata Olaf Scholz substituiu Ângela Merkel no comando do país após 16 anos. Além disso, haverá eleições presidenciais na França.
Nos EUA, as eleições de meio de mandato devem renovar parte do Congresso, e podem significar dificuldades para os dois últimos anos da gestão Joe Biden se o partido democrata perder a maioria apertada no Senado ou na Câmara.
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