MINUTO DE ECONOMIA
Enquanto 19 milhões de brasileiros passam fome, o orçamento dedica R$ 4,7 bilhões para o fundo eleitoral…
O orçamento de 2022 deverá ser votado até o último dia do ano legislativo de 2021 para começar a valer a partir de primeiro de janeiro de 2022.
A previsão era que a peça orçamentária seria votada ontem. Entretanto, o governo tentou emplacar reajustes que somam R$2,5 bilhões para reestruturação de carreira para as polícias enviando uma sugestão de alteração horas antes da votação, causando desconforto entre os parlamentares.
Segundo cálculo da Instituição Fiscal Independente (IFI), um reajuste de 1% para todos os servidores federais tem um impacto de R$3 bilhões no orçamento.
Não é o momento de privilegiar esta ou aquela categoria. Há outras prioridades como a inclusão no novo programa Auxílio Brasil de todas as famílias do cadastro único.
Também foram mantidas as emendas do relator em R$16,5 bilhões e o fundo eleitoral passou para R$ 4,7 bilhões.
Para ilustrar a má alocação dos recursos no orçamento, um pequeno exemplo. Apenas com o dinheiro do fundo eleitoral, seria possível realizar uma das seguintes atividades prioritárias:
Realizar o Censo do IBGE, que custa pouco mais da metade do fundo eleitoral, R$ 2,3 bilhões;
Construir 67 hospitais regionais;
Construir 313 escolas de ensino profissionalizante.
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