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Expectativas para a próxima semana | MINUTO DE ECONOMIA

Gesner Oliveira

Leia em segundos os Minutos da semana…

  • Toda a atenção mundial voltada para a invasão da Ucrânia pela Rússia.

  • Impactos sobre a economia brasileira: disparada do preço do barril de petróleo e da energia de uma maneira geral. No agronegócio, preocupa o acesso aos fertilizantes importados da Rússia e da Bielorrússia.

  • Prévia da inflação de fevereiro fica acima das expectativas IPCA-15 deste mês subiu 0,99%, ante 0,58% em janeiro, acima das expectativas do mercado de 0,85%.

  • Desemprego recua em 2021 e volta ao patamar de 2018. A taxa de desemprego do trimestre móvel encerrado em dezembro de 2021 foi de 11,1%.

“Revisão da vida toda” pode gerar impacto de R$ 46 bilhões.

  • O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para garantir que aposentados do INSS tenham direito à Revisão da Vida Toda.

  • O julgamento do tema 1.102, que tem repercussão geral, está em plenário virtual e possui término previsto para o dia 8 de março. Até lá, algum ministro pode pedir vista ou destaque, o que reiniciaria o julgamento no plenário físico.

  • Conceitualmente, a Revisão da Vida Toda possibilita aos aposentados do INSS, entre 1999 e 2019, pleitearem a revisão do cálculo de suas aposentadorias, incluindo contribuições previdenciárias realizadas antes de julho de 1994.

  • Importante frisar que a Revisão da Vida Toda não é benéfica para todos os segurados, sendo de extrema importância a avaliação do cálculo como uma etapa preliminar ao requerimento da revisão

  • De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e nota técnica do Ministério da Economia, o impacto de autorizar a ‘revisão da vida toda’ para os cofres públicos é de R$ 46,4 bilhões ao longo de dez anos.

O que vai mexer com as expectativas na próxima semana…

No cenário nacional:

  1. O principal destaque da próxima semana é a divulgação do PIB de 2021 na sexta-feira. A projeção da GO Associados é de um crescimento de 0,2% no 4º trimestre e de 4,6% no ano.

    1. A guerra entre Rússia e Ucrânia tem impactos diretos sobre a economia brasileira, principalmente em relação ao preço dos combustíveis e de alimentos, dado que estes países são exportadores de petróleo e fertilizantes.

    2. Além disso, há pressão internacional dos EUA e países europeus para a adoção de uma postura mais dura por parte do governo brasileiro contra a Rússia.

    3. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu adiar a votação dos textos que tratam sobre a estabilização do preço dos combustíveis (PL 1.472/2021 e PLP 11/2020) para após o Carnaval.

    4. A Bolsa de Valores não funcionará nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, segunda e terça-feira respectivamente. A movimentação dos ativos financeiros será retomada no dia 2 de março às 13 horas.


No cenário internacional:

  • O conflito entre Rússia e Ucrânia deve ser o foco do mercado internacional nos próximos dias. O petróleo chegou a superar a barreira dos US$ 100 ontem, mas recuou para o patamar de US$ 95 com a adoção de um discurso menos duro de Joe Biden.

    • Dados do mercado de trabalho dos EUA também serão destaque, principalmente na sexta-feira com a divulgação do Payroll Não-Agrícola e da Taxa de Desemprego para fevereiro.

    • Por fim, os Indicadores de Compras dos Gerentes (PMIs) de fevereiro devem ser divulgados no início da semana.


IGP-M de fevereiro volta a acelerar por causa do aumento no preço de commodities como o minério de ferro…

  • O IGP-M de fevereiro subiu 1,83% abaixo da expectativa do mercado, de 1,86%. Índice fechou 2021 em 17,78%, agora no acumulado de 12 meses está em 16,12% até fevereiro de 2022.

  • A alta do IGP-M em fevereiro de 2022 foi menor do que a de 2021, 2,53% e próxima de janeiro de 2022, 1,82%.

  • O minério de ferro subiu 5,49%, e foi a maior contribuição do IPA (índice de preços ao produtor amplo) que representa 60% do IGP-M e avançou 4,16%. A IPA é o índice mais sensível à variação de preços das commodities e do câmbio.

  • A combinação da alta menor do IGP-M e a disparada do IPCA começou a fechar a boca de jacaré entre os dois índices como mostra o gráfico. O IGP-M de fevereiro e o IPCA de janeiro acumulam alta, respectivamente, de 16,12% e 10,38% nos últimos 12 meses.

IPCA e IGP-M acumulado em 12 meses (%)


  • O Índice de Preços ao Consumidor, que tem peso de 30% no IGP-M, registrou alta de 0,33%, acumulando 9,32% em 12 meses.

  • A alta dos combustíveis e das commodities em razão do conflito na Ucrânia pode pressionar a inflação nos próximos meses. Outro reflexo do conflito é a pressão sobre o dólar, que chegou a ser negociado abaixo de R$5 antes da invasão russa e voltou para um patamar acima de R$ 5,10 ontem.

  • Para 2022 a projeção é de que o IGP-M volte ao patamar abaixo dos 10%, entretanto uma maior duração de um conflito entre Rússia e Ucrânia pode alterar as projeções com um preço do petróleo se estabilizando em maior patamar e a tensão internacional e interna, causada pelas eleições, levando a desvalorizações cambiais.

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