Desemprego, inflação e as expectativas da semana | MINUTO DE ECONOMIA
Leia em segundos os Minutos da semana…
A mediana das expectativas de inflação para 2022 saltou 0,8 p.p. em uma semana, passando de 5,65% para 6,45%.
O FOMC aumentou a taxa de juros da economia dos EUA. Os membros projetam que a taxa de juros termine próximo de 2% em 2022 e 3% em 2023.
O Copom aumentou a taxa Selic de 10,75% para 11,75%. Para a próxima reunião há um indicativo de outro aumento de 1 p.p., elevando a taxa de juros para 12,75% na reunião de maio.
O setor de serviços caiu 0,1% e a prévia do PIB acusou queda de 0,99% no mês de janeiro. O pico da variante Ômicron prejudicou o desempenho da economia no início do ano.
Desemprego deve continuar a subir no início de ano…
A taxa de desemprego do trimestre móvel encerrado em janeiro foi de 11,2%. O resultado veio em linha com a projeção da GO Associados (11,2%) e foi abaixo da mediana das expectativas do mercado (11,4%).
Este processo de alta na taxa de desemprego deve continuar em fevereiro e março, chegando a algo próximo de 11,6% ao fim do 1º trimestre e caindo a partir daí.
A população subutilizada caiu 7,2%, chegando a 27,8 milhões de pessoas.
O número de empregados sem carteira assinada e trabalhadores por conta própria subiu 3,6% (33 milhões), enquanto os empregos com carteira assinada aumentaram 2% (34,6 milhões).
A taxa de informalidade está em 40,4%. O mercado de trabalho informal tem retomado o ritmo mais rápido que o formal. O excesso de rigidez da legislação trabalhista aliado às incertezas da conjuntura inibe a contratação formal, estimulando a informalidade.
Se o mercado de trabalho está retomando o nível pré-pandemia, a renda ainda não está recuperando no mesmo ritmo, graças à aceleração da inflação e o crescimento da informalidade. O rendimento real habitual ficou em R$2.489,00, um pouco maior que o observado em dezembro.
O que vai mexer com as expectativas na próxima semana…
No cenário nacional:
O destaque da próxima semana será a divulgação do IPCA-15 de março, que deve refletir o forte impacto dos combustíveis sobre a inflação e será divulgado na próxima sexta-feira, dia 25. A projeção da GO Associados é de 1,2%.
A disparada de inflação colocou a decisão do Copom da última quarta-feira em destaque. A ata da reunião será divulgada na terça, dia 22.
A repercussão do pacote do governo que deve injetar cerca de R$ 165 bilhões na economia deve continuar a ser um dos principais temas. A liberação de saques do FGTS e adiantamento do 13º do INSS deve ter impacto positivo sobre a atividade.
O setor de concessões terá nova semana agitada. Na terça será concedido novamente a iniciativa privada o Parque Nacional do Iguaçu, com expectativa de investimento de R$ 540 milhões.
Na quarta, 23, será privatizada o braço de geração da CEEE, empresa de energia elétrica do Rio Grande do Sul. O preço mínimo para a venda da fatia de 66,08% pertencente ao governo do RS será de R$ 1,25 bilhão. Além disso, o investidor deve fazer o pagamento, à União, do bônus de outorga de R$ 1.659.406.180,50 mais o mesmo percentual de ágio obtido no leilão.
O presidente do Senado Rodrigo Pacheco pretende aprovar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a PEC 110/19 na próxima semana. A votação vem sendo seguidamente adiada e é difícil prever que o texto seja aprovado ainda este ano.
No cenário internacional:
O principal ponto de atenção no mundo continua a ser a Guerra entre Rússia e Ucrânia. O petróleo se estabilizou na faixa de US$ 100 a US$ 110, mas o cenário continua imprevisível.
As primeiras prévias dos Índices de Compras dos Gerentes (PMI) de março serão divulgadas nas próximas semanas. Especial atenção para observar o impacto do conflito na Ucrânia sobre a atividade nos países da Zona do Euro.
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